O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tirou o sigilo da delação do tenente-coronel Mauro Cid, usada como base para a investigação que levou à denúncia contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas. A delação premiada com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente foi firmada em 2023, em um acordo com a Polícia Federal.
Com a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o sigilo da delação já não mais se justifica nem para preservar os direitos do colaborador Mauro Cid, nem para garantir o sucesso das investigações. Moraes afirmou ainda que a medida garante aos denunciados e aos seus advogados total e amplo o a todos os termos da colaboração premiada.
No conteúdo da delação, em um dos depoimentos dados à Polícia Federal, Mauro Cid disse que, após terminado o período eleitoral, Bolsonaro recebia muitos dos listados na denúncia da PGR no Palácio da Alvorada.
Mauro Cid declarou que ele mesmo havia sugerido ao ex-presidente que deixasse o país e que a ida para os Estados Unidos havia sido financiada pelo empresário Paulo Junqueira. Declarou também que um grupo, segundo ele menos radical, tentou achar indícios de fraude nas urnas eletrônicas, na tentativa de invalidar as eleições de 2022.
Já um grupo mais radical defendia a criação de um braço armado e incentivava um golpe de Estado. Cid disse que esse mesmo grupo pedia ao presidente que assinasse um decreto, e acreditavam que teriam apoio do povo e também dos CACs.
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