Com a intervenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está aumentando a tensão no Oriente Médio. Trump reforçou seu ultimato ao Hamas e afirmou que, caso o grupo palestino não liberte os reféns até o meio dia de sábado (15), tudo pode acontecer.
A declaração foi dada após o Hamas anunciar que iria adiar a soltura dos prisioneiros alegando violações de Israel ao acordo de cessar-fogo em Gaza. "O inferno vai explodir e o Hamas descobrirá o que quero dizer", disse o presidente americano a repórteres durante um encontro com o rei Abdullah da Jordânia. Israel, por sua vez, voltou a dizer que vai romper o acordo se o grupo palestino não soltar os reféns até a data estabelecida. Até agora, 16 dos 33 reféns foram libertados como parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo, que deve durar 42 dias. Em troca, Israel soltou centenas de prisioneiros palestinos.
Ainda durante a reunião, o presidente americano reiterou seu plano de tomar posse e reconstruir Gaza. Para isso, Trump propõe o deslocamento permanente dos moradores da região, e pressiona para que o Egito e a Jordânia recebam os palestinos, sob ameaça de retirar investimentos desses países.
Atualmente a Jordânia recebe anualmente mais de US$ 1,5 bilhão em ajuda dos americanos. Em resposta a Trump, o rei Abdullah afirmou que receberá duas mil crianças palestinas de Gaza, algumas que sofrem de câncer, para receber tratamento médico na Jordânia. Mais tarde, numa rede social, Abdullah reiterou que seu país é firmemente contra a proposta de deslocamento dos palestinos.
Já o Egito disse que planeja "apresentar uma visão abrangente para a reconstrução da faixa de Gaza que garanta que os palestinos permaneçam suas terras". Nesta quarta-feira (12) a Liga Árabe alertou que o plano de Trump para Gaza ameaça o acordo de cessar-fogo e alimenta a instabilidade no Oriente Médio.
No próximo dia 27, uma Cúpula Árabe de Emergência será realizada para discutir a questão palestina.
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