Em mais um capítulo na crise entre os Estados Unidos e a Ucrânia, o presidente americano Donald Trump chamou o presidente ucraniano de ditador e alertou que ele precisa agir rápido ou “não terá mais um país”. A declaração, feita na plataforma Truth Social, ocorre após Trump ter realizado conversas bilaterais com a Rússia sobre a guerra na Ucrânia sem convidar Kiev e responsabilizado Volodymyr Zelensky pelo conflito.
No post, Trump também criticou Zelensky por, segundo ele, ter convencido os Estados Unidos a gastar 350 bilhões de dólares em uma guerra que “não pode ser vencida” e acusou o líder ucraniano de se recusar a realizar eleições.
Zelensky rejeitou as declarações de Trump e afirmou que o ex-presidente dos Estados Unidos está “preso em uma bolha de desinformação proveniente da Rússia”.
Nesta semana, representantes dos Estados Unidos e da Rússia se encontraram na Arábia Saudita para negociar um possível fim da guerra na Ucrânia, mas nem Kiev nem países europeus foram chamados para participar do diálogo.
Em meio às trocas de farpas entre Trump e Zelensky, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, elogiou os avanços nos diálogos entre Moscou e Washington durante os encontros realizados na Arábia Saudita. Segundo o líder russo, as negociações com os Estados Unidos sinalizaram “o primeiro o para retomar a cooperação em diversos temas de interesse mútuo”.
Putin afirmou ainda que está aberto a um encontro com Trump, mas destacou que qualquer reunião entre os dois líderes exigiria “preparação substancial”.
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