A Ucrânia e os Estados Unidos fecharam um acordo para exploração de recursos minerais nas chamadas terras raras ucranianas. Os termos do acordo ainda não foram divulgados, mas, de acordo com fontes ucranianas, os Estados Unidos tiveram que recuar em algumas de suas demandas mais desgastantes para a Ucrânia, e muitos dos detalhes ainda vão exigir mais negociações.
Relatos na imprensa dizem que Washington retirou sua demanda inicial pelo direito a 500 bilhões de dólares em receita potencial pela utilização dos recursos naturais, mas não deu garantias firmes de segurança à Ucrânia, que está devastada pela guerra com a Rússia. Os dois países também teriam concordado em criar um fundo de investimentos para a reconstrução da Ucrânia.
Na terça-feira (25), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que, em troca do acordo, a Ucrânia teria "o direito de lutar". Questionado se o fornecimento de armas para Kiev continuaria, Trump disse que sim, até que se tenha um acordo com a Rússia.
As terras raras da Ucrânia são regiões que possuem minerais valiosos, essenciais para a indústria eletrônica. Entre os recursos encontrados nessas áreas estão manganês, urânio, titânio, lítio e minérios de zircônio, além de carvão, gás e petróleo.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deve viajar para Washington e se encontrar com Trump na sexta-feira. Esta será a primeira vez que os dois se reunirão após uma troca de acusações. Na semana ada, Trump chamou Zelensky de “ditador” e sugeriu que o líder ucraniano se apressasse a fechar um acordo ou ficaria sem um país. Em resposta, Zelensky acusou Trump de exigir 500 bilhões de dólares em riquezas da Ucrânia em troca do apoio dos Estados Unidos e afirmou ainda que não poderia vender o próprio país.
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