A Defensoria Pública do Estado de São Paulo questionou a prefeitura da capital paulista sobre o uso de tecnologia de reconhecimento facial no carnaval de rua da cidade. A preocupação é com um clima de vigilância durante a folia.
A prefeitura de São Paulo montou um placar que mostra o número de pessoas presas a partir do Smart Sampa. O sistema de câmeras de reconhecimento facial começou a funcionar em julho do ano ado. O mostra, por exemplo, o número de procurados pela justiça, de capturados e de prisões em flagrante.
Antes da implementação, o sistema sofreu diversos questionamentos pelo Tribunal de Contas do município. Entre as preocupações estava a possibilidade de vazamento dos dados coletados. A justiça de São Paulo chegou a suspender o projeto devido ao risco de discriminação racial, mas a prefeitura conseguiu a liberação.
Nesta semana, a Defensoria Pública do estado pediu cautela para o uso de câmeras durante o carnaval. Em ofício, os defensores do Núcleo de Direitos Humanos alertam para o risco de que intervenções em grandes multidões provoquem tumulto. O documento pede também transparência sobre o uso da tecnologia.
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