O litoral de Santa Catarina continua em alerta de grande perigo por causa das tempestades. Dez cidades do estado decretaram emergência. Os temporais causaram alagamentos, deslizamentos e interditaram rodovias.
As imagens compartilhadas nas redes sociais impressionam. Em Itapema, cerca de 1.500 famílias foram atingidas. Três abrigos foram disponibilizados para 423 pessoas que perderam as casas. Já em Balneário Camboriú, um dos principais destinos do verão em Santa Catarina, um dos bairros mais afetados é o Nova Esperança. Em algumas casas, a água chegou a atingir quase um metro e meio de altura.
Em alguns municípios choveu em apenas um dia mais do que era esperado para todo o mês de janeiro. O maior volume caiu em Biguaçu, na região metropolitana da Grande Florianópolis, onde choveu 391 milímetros em 24 horas.
Na cidade de Governador Celso Ramos, um idoso de 72 anos morreu. Era um pescador que foi levado pela correnteza. Por lá, o próprio quartel do Corpo de Bombeiros desabou.
A capital, Florianópolis, decretou emergência por volta das 21h30. A água invadiu as dependências da Universidade Federal de Santa Catarina e também entrou no Hospital Infantil Joana de Gusmão, principal referência em pediatria no estado. A cidade enfrenta alagamentos generalizados nos bairros do norte, sul e leste da ilha.
A SC-401, uma das principais vias de o, ficou bloqueada por mais de 15 horas. A BR-101 também permanece bloqueada. O asfalto cedeu no quilômetro 181, em Biguaçu, e a PRF orienta a utilização do contorno viário da Grande Florianópolis.
Entre a quinta (16/1) e esta sexta-feira (17/1), os bombeiros militares registraram 366 ocorrências relacionadas a fatores climáticos em 27 municípios, incluindo resgates, cortes de árvores, deslizamentos, enxurradas e inundações. Mais de duas mil pessoas precisaram de atendimento. Até o momento, a Defesa Civil do estado contabiliza cerca de 780 pessoas desabrigadas e 104 desalojadas em todo o estado.
A reportagem é da Rede Bela Aliança, emissora da Rede Nacional de Comunicação Pública.
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