Há exatos dois anos, no dia 8 de janeiro de 2023, ataques golpistas atingiram a Praça dos Três Poderes em Brasília. O Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram depredados. Artigos históricos e documentos foram destruídos. Um atentado contra a democracia uma semana depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para relembrar esses acontecimentos e também reforçar a importância da democracia, autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário se reuniram nesta quarta-feira (8/1), em uma série de eventos.
No Palácio do Planalto, o evento teve três etapas. No Salão Nobre houve discursos. O presidente Lula destacou que a democracia é a melhor forma de governança, agradeceu a presença das autoridades e também dos comandantes das Forças Armadas, e destacou o papel dessas forças na garantia da soberania do país.
Os demais momentos do ato envolveram a devolução de 21 obras de arte que foram danificadas nos ataques de 8 de janeiro. Entre elas, a tela “As mulatas”, de Di Cavalcante, que recebeu sete punhaladas dos vândalos. Também foi devolvida ao acervo do Palácio do Palácio uma ânfora italiana de cerâmica, que naquele dia foi quebrada em 180 pedaços. E o relógio do século XVII que foi dado de presente pela França ao rei Dom João VI, que foi recuperado na Suíça sem custos para o governo brasileiro.
Com exceção do relógio, os 20 itens reintegrados foram recuperados com o apoio de estudantes e professores da Universidade Federal de Pelotas. Eles comporam uma equipe formada por 50 profissionais que trabalharam em um laboratório dentro do Palácio da Alvorada.
Desde o dia 8 de janeiro de 2023 a justiça vem atuando para identificar e punir os responsáveis pelos atos antidemocráticos. As investigações da Policia Federal concluíram que foi uma tentativa de golpe de estado planejada. Um plano que previa o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o uso de armas e dos chamados “kits pretos”, militares das forças especiais.
Segundo a Polícia Federal, a manutenção dos acampamentos golpistas fazia parte da trama, que era incentivada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e por outras pessoas que compunham seu governo, como o general Braga Netto, que está preso. Pela tentativa de golpe, 40 pessoas foram indiciadas pela PF.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.