O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (4/12) a Síntese de Indicadores Sociais 2024. Trata-se de uma ampla radiografia do Brasil com dados de 2012 a 2023 sobre aspectos como estrutura econômica e mercado de trabalho, padrão de vida e distribuição de rendimentos, condições de moradia, educação e saúde, além de outros temas.
Sobre o mercado de trabalho, o levantamento aponta que, em 2023, cerca de 100 milhões de pessoas estavam ocupadas, um aumento de 3,7 milhões de indivíduos em comparação ao ano anterior. Esse é o maior nível de ocupação registrado desde 2012. No entanto, as desigualdades de raça e de gênero permanecem evidentes. O rendimento médio por hora trabalhada dos trabalhadores brancos foi 67,7% maior do que o dos trabalhadores pretos ou pardos. Essa desigualdade se acentua entre aqueles com ensino superior completo. Além disso, o rendimento por hora dos homens superou o das mulheres em 12,6%, sendo a maior disparidade também registrada entre pessoas com nível superior completo.
Entre os ocupados, menos de 1% foi considerado extremamente pobre em 2023, enquanto, entre os desocupados, essa proporção chegou a 14,6%. Apesar disso, os índices de pobreza e extrema pobreza atingiram os patamares mais baixos desde o início da pesquisa, em 2012. Ainda assim, os números permanecem elevados: quase 59 milhões de pessoas vivem na pobreza, enquanto mais de nove milhões enfrentam a extrema pobreza.
Em 2012, a proporção de pessoas vivendo na pobreza era de 34,7% da população. Esse índice caiu para 31,6%, em 2022. Terminou 2023 em 27,4%, representando uma redução de 8,7 milhões de pessoas nos dois últimos anos. Na extrema pobreza viviam 6,6% da população em 2012; 5,9% em 2022; e 4,4% em 2023, o que corresponde a uma queda de 3,1 milhões de pessoas no mesmo período.
Segundo o IBGE, as reduções nos níveis de pobreza e extrema pobreza podem ser atribuídas a dois fatores principais: o aumento do emprego e os benefícios sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para idosos e pessoas com deficiência.
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