Um relatório da Polícia Federal concluiu que houve falhas e despreparo na segurança pública do Distrito Federal durante os atos de 8 de janeiro de 2023. Essa avaliação está em um relatório final encaminhado pela PF ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes citou esse documento em um despacho para a Procuradoria-Geral da República, que agora tem 15 dias para se manifestar.
De acordo com a polícia federal, as falhas da polícia civil do DF foram decisivas para os atos de violência de 8 de janeiro. Nesse sentido, o relatório cita como fator relevante a ausência do principal líder das forças de segurança do DF, o então secretário de segurança pública Anderson Torres. Recém-empossado no cargo, ele viajou de férias para os Estados Unidos e é investigado por supostas omissão e conivência nesse caso.
Ainda segundo a PF, faltaram à polícia do DF ações coordenadas e o relatório de inteligência não foi devidamente transmitido e aplicado. O resultado foi a ineficiência da resposta das forças de segurança, que estavam despreparadas.
Nesta semana, o STF condenou mais 14 pessoas que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro. Ao todo, a corte já condenou mais de 200 envolvidos, que respondem pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, tentativa de golpe de estado e outros.
Em nota, a defesa de Anderson Torres disse que não teve o ao relatório final. O texto afirma que não houve ausência inesperada de Torres, já que as férias estavam planejadas desde novembro. O advogado ressalta que, se o protocolo de ações integradas, preparado pelo ex-secretário, tivesse sido cumprido, os atos teriam sido evitados. Já a Secretaria de Segurança Pública afirmou que não comenta sobre investigações e processos judiciais em andamento.
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