Uma corrida ao mar para natação e acolhimento. Assim são as aulas em mar aberto do Marcelo, dedicadas a pessoas trans e travestis. Inconformado com os preconceitos que afastam os corpos diversos do esporte, do lazer e dos espaços públicos, Marcelo, homem trans criado no Complexo da Maré, tomou a iniciativa de reunir o grupo para mostrar que nadar é para todes.
Hoje já são mais de 130 alunos trans e travestis. As aulas aos domingos são gratuitas e ajudam muitas pessoas a ressignificar a relação com o próprio corpo. Marcelo escolheu a Praia do Flamengo para dar aulas pelas condições mais favoráveis para iniciantes e, com uma turma tão grande, ele já conta com a ajuda de três voluntários que também são profissionais de educação física.
A busca por um ambiente mais acolhedor no esporte também foi inspirada pelo caso de Lia Thomas, nadadora americana trans que foi impedida de participar das competições femininas de elite por não ter feito a transição de gênero antes dos 12 anos de idade. A questão acende a luz para a falta de políticas públicas para pessoas trans e travestis e para a ausência desses corpos como referências no esporte.
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