Um dos pacientes, de 70 anos, que recebeu o transplante de órgão infectado por HIV foi internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ele acionou, no domingo (20), a linha de emergência que foi disponibilizada para os pacientes.
E o Hemorio, que é o hospital público de referência em hematologia do estado do Rio, informou que análises preliminares constataram que não havia mais nenhuma amostra de sangue de doador de órgãos infectada por HIV. Mesmo assim, a direção da unidade decidiu fazer uma segunda bateria de testes com cada uma das amostras para que não haja qualquer tipo de dúvida. O hospital informou que os laudos definitivos serão emitidos ao final dessa segunda sessão de exames, que está em andamento.
Prisões j401o
Ontem foi realizada a segunda fase da operação da Polícia Civil que apura a infecção de pacientes transplantados por HIV. Duas pessoas ligadas a outro sócio do PCS Saleme foram ouvidas e liberadas, e a coordenadora técnica do laboratório, Adriana Vargas, foi presa. A polícia agora analisa documentos e materiais apreendidos.
A coordenadora técnica do laboratório PCS Saleme, Adriana Vargas, foi presa no domingo. Na casa dela foram apreendidos três computadores e quatro telefones. De acordo com o delegado que conduz a investigação, Adriana Vargas negou que tenha dado ordens para cortar custos dos exames. Adriana chefiava a unidade do laboratório que emitiu os laudos falsos para HIV.
Na semana ada, duas pessoas já haviam sido presas: o sócio do laboratório, Walter Vieira, e o técnico de laboratório Ivanilson Santos. Os funcionários Cleber Santos e Jacqueline Bacellar estavam foragidos, mas se entregaram. A investigação aponta falhas no controle de qualidade dos testes de HIV, que deveriam ser diários e aram a ser semanais para economizar.
Além da participação no caso de cada um dos suspeitos, conduzida pela Delegacia do Consumidor, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o processo de contratação da empresa, que será conduzido pelo Departamento de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro e pela Controladoria-Geral do Estado.
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