Está sendo velado na sede náutica do Clube Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, o corpo do jornalista e escritor Sérgio Cabral. Ele morreu no domingo (14), aos 87 anos. O corpo será cremado na tarde desta segunda-feira (15).
Carioca de Cascadura, vascaíno de coração e apaixonado pelo samba, Sérgio Cabral era jornalista de formação, escritor, compositor e pesquisador da música e da cultura brasileira. Iniciou a carreira aos 20 anos, no jornal A Noite. Mais tarde, no Jornal do Brasil, ele começou a escrever sobre música. No final da década de 1960, durante os anos de chumbo da ditadura, Cabral ajudou a fundar o semanário O Pasquim, jornal conhecido pela forma com que satirizava o regime militar. Chegou a ser preso, junto com outros companheiros de redação, pela forma irreverente como que atuavam.
Outra paixão do jornalista foi o carnaval: dizia-se um portelense, que também amava a Mangueira e o Salgueiro. Gostava tanto das escolas de samba, que durante muito tempo trabalhou como comentarista nas transmissões, pela televisão, dos desfiles na Marquês de Sapucaí. Ao longo da carreira de escritor, Cabral publicou quase 20 livros; escreveu biografias de Tom Jobim, Pixinguinha, Ataulfo Alves, Elizeth Cardoso, entre outros artistas importantes da música brasileira. Cabral também se aventurou no teatro: é dele, em parceira com a amiga e também pesquisadora, Rosa Maria Araújo, o musical Sassaricando - e o Rio inventou a marchinha.
Cabral teve atuação política entre as décadas de 1980 e 1990: por três vezes foi vereador da cidade do Rio de Janeiro. Sérgio Cabral estava doente há algum tempo; morreu por causa de complicações respiratórias, causadas por um enfisema pulmonar; também tinha Alzheimer. Sergio Cabral deixa viúva e três filhos, ente eles o ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho.
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