Um manto sagrado, usado pelo povo Tupinambá, retornou ao Brasil na semana ada, depois de 300 anos. Ele foi resgatado na Dinamarca. E vai integrar o acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruído por um incêndio em 2018.
O manto estava desde1689 em Copenhaguem, sob a guarda do Museu Nacional da Dinamarca. Ele era usado em cerimônias relgiosas, por líderes espirituais do povo Tupinambá.
O manto é feito de penas vermelhas, de Guarás, uma ave típica do litoral da Bahia, onde vivia esse povo ancestral - um dos primeiros a ter contato com os europeus, à epoca do descobrimento do Brasil.
As penas que compõem o manto são fixadas à uma malha, tecida em fibras vegetais pelos índios. A devolução aconteceu depois de dois anos negociações, que envolveram o Museu Nacional, o Itamaraty e líderes indígenas brasileiros.
A reeinvindição dos remanescentes do povo Tupinambá para o resgate dessa reliquia, vem desde o ano 2000, quando várias exposições foram organizadas para comemorar os 500 anos da descoberta. Em 2023, o governo da Dinamarca anunciou a transferência do manto para o Museu Nacional, destruído num incêndio há seis anos, e desde então, tenta refazer o acervo devastado.
A decisão de devolver o manto foi tomada em meio a uma onda de resgates de artefatos históricos transferidos dos países de origem para importantes museus da Europa e dos Estados Unidos. No caso do manto, a doação não é tratada como uma devolução, porque não se sabe de que forma essa reliquia sagrada foi parar na Europa.
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