O Ministério Público Federal recomenda à prefeitura do Rio e ao Iphan a suspensão de um projeto imobiliário, na região do Cais do Valongo, lugar de importância arqueológica e histórica, na área portuária, bem no centro da cidade.
Este é o Cais do Valongo. Aqui, no ado Colonial, funcionou um mercado de compra e venda de gente trazida à força da África, para ser escravizada. Aqui, também havia o que se chamava de Cemitério dos Pretos Novos: lugar onde enterravam-se africanos que morriam, antes de serem vendidos ou a bordo de algum navio negreiro, recém-chegado à Baia de Guanabara.
Este sítio arqueológico foi descoberto no final do século ado. É considerado uma das principais provas materiais, encontradas no Brasil, sobre a violência e a barbárie cometidas, durante os quase 300 anos de tráfico de africanos escravizados.
Para o Ministério Público Federal, o projeto de construção de dois edifícios, com quase 30 andares próximos à essa região, pode comprometer a integridade histórica do sítio arqueológico. O documento elaborado pelo MPF pede avaliações mais detalhadas do impacto patrimonial, antes da aprovação de construções na área.
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