No primeiro programa da nova temporada, o Conexão Roberto D'Ávila trata de um assunto de grande importância na história do Brasil: o Golpe Militar de 1964. Em uma entrevista exclusiva, Roberto D'Ávila conversa com o jornalista Flávio Tavares e o seu filho, o documentarista Camilo Tavares, realizador do filme "O Dia que durou 21 anos".
O filme foi lançado em março deste ano e teve grande repercussão, pois iluminou fatos que não estavam muito claros sobre a efetiva participação do governo americano – primeiro de John Kennedy e depois de Lyndon Johnson – no golpe militar que destituiu o governo democraticamente eleito do Presidente João Goulart. “Foi incrível perceber que os Estados Unidos, um dia após o golpe, já emitem um reconhecimento oficial parabenizando o novo governo, a junta militar. Tem uma gravação muito interessante dos assessores do presidente Johnson, aconselhando-o a pegar leve”, diz Camilo Tavares em entrevista ao programa.
A partir de uma grande pesquisa, realizada na Biblioteca do Congresso Americano, o documentário revela momentos que, para muitos, seriam pura “teoria da conspiração”. “Eu só fui entender a mecânica do golpe em função das pesquisas que meu filho realizou nos Estados Unidos. O filme mostra, por exemplo, uma gravação do Kennedy com o embaixador Lincoln Gordon na Casa Branca em que sela a aliança político-militar para o golpe de Estado no Brasil”, alerta Flávio Tavares.
Na conversa de Camilo e Flávio Tavares com o jornalista Roberto D´Ávila foram debatidos, ainda, outros assuntos importantes e que tiveram sua gênese a partir do Golpe de 64. Entre eles: a luta armada do final dos anos 1960 e início dos 70; a tortura; o sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, que teve a participação do jornalista Flávio Tavares.
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